terça-feira, 4 de maio de 2010

"Ragged But Right": MEMPHIS 59!

Eles são muito modernos para o country. Eles são muito tradicionais para o rock. Eles são pop, mas não necessariamente comerciais. Mas não duvide do seu potencial radiofônico ou apelo popular. ‘Americana’ e ‘alt.country’ são rótulos deveras cool para o Chevrolet enferrujado que estampa a capa de Ragged But Right. O Memphis 59 trafega com sua velha caminhonete laranja pela fronteira de estilos tão díspares como complementares, de sua pequena Arlington natal para o mundo.

Em seu álbum de estreia o trio Scott Kurt, Chris Zogby e Richard G. Lewis poderia ser Paul Westerberg tocando Tom Petty ou o Jayhawks interpretando o Whiskeytown. Mas, de certa forma, o vocal característico de Kurt coloca as coisas no lugar: estamos falando do Memphis 59. E “Me Myself And Eyes”, canção que abre Ragged But Right, logo se apresenta com seu riff de guitarra que consegue remeter ao country com trejeito rock e acento pop. “Black & White TV” ataca com um refrão ganchudo e “Knock Me Out” usa dos serviços uma slide guitar para realçar o clima de raiz.

A envolvente “Girl At The End Of the Bar” coloca chapéu de cowboy e esporas no power pop, enquanto “Hotel Room” tem a missão de decalcar mais um refrão adesivo no cérebro do ouvinte. A bela e cativante “Putting Up A Fight” antecede o sabor clássico de “Quit Kickin My Heart Around” e “Heartbreak Luck”.
Ragged But Right vai do country ao pop como de Arlington a Nova Iorque: porque dá pra ir esvaziando umas Budweiser, em pouco mais de 300 km de distância, entre a pequena cidade na Virginia e o centro do mundo.

www.memphis59.com
www.myspace.com/memphis59band1

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