quarta-feira, 1 de agosto de 2007

"Esperando El Fin Del Mundo": RUBIN!

O que esperar de um sujeito que odeia o amor, o sol e as canções de Paul? E que no minuto seguinte quer se apaixonar até perder o controle e a razão?
Rubin não veio para explicar. Embalou desacertos amorosos com as mais solares melodias e aeradas harmonias. Desprezou o amor, e com um pop perfeito, reconquistou. Renegou Paul, e com notas e acordes, reverenciou.

Rubin veio arrebatar. Enquanto espera pelo fim do mundo balançando-se na rede do quintal, o compositor argentino de Buenos Aires exercita sua habilidade em lapidar gemas pop recheadas de perdas e desilusões - em seu primeiro álbum cheio.
Ele morde e assopra; dissimula, consola sendo inconsolável; é agridoce.

Rubin é atemporal: empacota o formato digital com estética sixtie dos tempos de vinil. Moderniza o passado, soa clássico sem soar retrô.
Desde sua ex-banda, o Grand Prix, Sebástian Rubin aprendeu o manejo dos sentidos alheios, colocando sorriso em rostos e corações – mesmo que utilizando-se da constante contraposição de estímulos.

Porque tem um inconsciente senso cósmico para captar e produzir canções memoráveis.
É a destreza de um artesão que parece confundir mas conforta, com notas, acordes, arranjos e rearranjos para nossa vida parecer melhor.

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