Provavelmente todos os sites, blogs, revistas e afins do mundo - relacionados de alguma forma ao power pop - já deram seu veredicto a respeito de She’s About To Cross My Mind. O que não impede que eu dê minha versão pessoal e faça isso chegar aos que lêem em português. Até porque este é um disco, mais uma vez, que leva a discussão além da crítica musical. Acaba envolvendo hábitos culturais do mundo moderno, a indústria do entretenimento e o direito que as novas gerações têm de enxergar (ouvir) as sonoridades sixties com um sentimento de frescor e não de bolor.
The Red Button é Mike Ruekberg e Seth Swirsky, que se uniram para despejar na banda sua paixão pelos anos dourados do pop sessentista. Ruekberg é cantor-compositor de Los Angeles e líder da banda Rex Daisy. Seth Swirsky é californiano, homem multi-tarefa com a necessidade extrema de se expressar através de sua arte: é cantor compositor (lançou em 2005 o clássico Instant Pleasure, além de já ter composto hits para Rufus Wainwright, Al Green, Tina Turner, Celine Dion, Olívia Newton-John, Eric Carmem, entre outros); artista plástico e pintor; escritor de livros sobre baseball (tem uma vasta coleção de “memorabilia” sobre o esporte ianque); cineasta amador que produz documentários. E ainda sobrou tempo para formar o The Red Button – e gravar este seu debut She’s About To Cross My Mind.
Já na capa do álbum o sabor de moda retrô aflora e compõe com as garotas do swinging-london da contra-capa. Mas não é vinil que vai soar. Alguma incompatibilidade de eras pode aparecer, quando o sensor ótico do laser tocar “Cruel Girl”: levada típica do pop sessentista, tecladinho vintage soando, merseybeat no ar e a certeza de que a canção seria hit quarenta anos atrás. Doce e macio vocal, melodia colante na linha Fountains Of Wayne, e eis a perfeição pop da canção título “She’s About To Cross My Mind”. “Floating By” moderniza o ambiente nas espetadas de guitarra, mas é o piano que guia a canção; as intervenções de metais levariam a faixa as AM radios dos seventies.
Envolvente, “She’s Going Down” pode, porque não, almejar as paradas atuais, assim como os sha-la-las de “I Could Get Used To You”. Faixa campeã, de arrepiar power popers, “Hopes Up” tem melodia beatle, refrão memorável e o céu, caro ouvinte, é logo ali. Girls, girls, girls, a fixação de Ruekberg e Swirsky, tão ingênua e saudável como os sessenta e “Can’t Stop Thinking About Her”. O ataque do tecladão invocado, a batida cativante, e o refrão bubblegum não faria “Gonna Make You Mine” parar antes do posto número um das paradas.... quatro décadas antes. “Ooh Girl” soa mais americana que “british invasion” e aproveita o terreno patrício para entregar o bastão para o pop psicodélico “Free”. Fechando o disco a balada de beleza melódica desconcertante “It’s No Secret”.
Por certo um disco perfeito, onde não cabem adjetivos – sempre de tom pejorativo – como derivativo ou revivalista. Cabe sim a palavra atemporal, onde não importa quando foram feitas as canções e sim o poder que elas têm de cativar ouvintes. E de ainda permanecerem jovens para os que guiam sua sensibilidade musical pelas boas melodias e não por departamentos de marketing de grandes gravadoras (que, aliás, querem os préstimos hitmakers de Swirsky para sua estrelas, mas não querem nem saber de lançar um álbum como este). Assim, trazemos para nós a famosa frase “não fomos feitos para estes tempos”, que acaba confirmada na opinião de Norman Smith - engenheiro de som dos Beatles e produtor de discos dos Zombies para a EMI: “se o Red Button tivesse aparecido nos 60, quando eu estava produzindo, eu teria assinado um contrato com eles pela EMI.”
www.theredbutton.net
www.myspace.com/theredbuttonband
The Red Button é Mike Ruekberg e Seth Swirsky, que se uniram para despejar na banda sua paixão pelos anos dourados do pop sessentista. Ruekberg é cantor-compositor de Los Angeles e líder da banda Rex Daisy. Seth Swirsky é californiano, homem multi-tarefa com a necessidade extrema de se expressar através de sua arte: é cantor compositor (lançou em 2005 o clássico Instant Pleasure, além de já ter composto hits para Rufus Wainwright, Al Green, Tina Turner, Celine Dion, Olívia Newton-John, Eric Carmem, entre outros); artista plástico e pintor; escritor de livros sobre baseball (tem uma vasta coleção de “memorabilia” sobre o esporte ianque); cineasta amador que produz documentários. E ainda sobrou tempo para formar o The Red Button – e gravar este seu debut She’s About To Cross My Mind.
Já na capa do álbum o sabor de moda retrô aflora e compõe com as garotas do swinging-london da contra-capa. Mas não é vinil que vai soar. Alguma incompatibilidade de eras pode aparecer, quando o sensor ótico do laser tocar “Cruel Girl”: levada típica do pop sessentista, tecladinho vintage soando, merseybeat no ar e a certeza de que a canção seria hit quarenta anos atrás. Doce e macio vocal, melodia colante na linha Fountains Of Wayne, e eis a perfeição pop da canção título “She’s About To Cross My Mind”. “Floating By” moderniza o ambiente nas espetadas de guitarra, mas é o piano que guia a canção; as intervenções de metais levariam a faixa as AM radios dos seventies.
Envolvente, “She’s Going Down” pode, porque não, almejar as paradas atuais, assim como os sha-la-las de “I Could Get Used To You”. Faixa campeã, de arrepiar power popers, “Hopes Up” tem melodia beatle, refrão memorável e o céu, caro ouvinte, é logo ali. Girls, girls, girls, a fixação de Ruekberg e Swirsky, tão ingênua e saudável como os sessenta e “Can’t Stop Thinking About Her”. O ataque do tecladão invocado, a batida cativante, e o refrão bubblegum não faria “Gonna Make You Mine” parar antes do posto número um das paradas.... quatro décadas antes. “Ooh Girl” soa mais americana que “british invasion” e aproveita o terreno patrício para entregar o bastão para o pop psicodélico “Free”. Fechando o disco a balada de beleza melódica desconcertante “It’s No Secret”.
Por certo um disco perfeito, onde não cabem adjetivos – sempre de tom pejorativo – como derivativo ou revivalista. Cabe sim a palavra atemporal, onde não importa quando foram feitas as canções e sim o poder que elas têm de cativar ouvintes. E de ainda permanecerem jovens para os que guiam sua sensibilidade musical pelas boas melodias e não por departamentos de marketing de grandes gravadoras (que, aliás, querem os préstimos hitmakers de Swirsky para sua estrelas, mas não querem nem saber de lançar um álbum como este). Assim, trazemos para nós a famosa frase “não fomos feitos para estes tempos”, que acaba confirmada na opinião de Norman Smith - engenheiro de som dos Beatles e produtor de discos dos Zombies para a EMI: “se o Red Button tivesse aparecido nos 60, quando eu estava produzindo, eu teria assinado um contrato com eles pela EMI.”
www.theredbutton.net
www.myspace.com/theredbuttonband
vi a matéria desse album aqui no ppstation e resolvi baixar...
ResponderExcluirexcelente!!
gostei muito! inclusive, gostaria de indicações de bandas parecidas, se possível!
grato