quinta-feira, 30 de julho de 2009

"Home Alone": ANY VERSION OF ME!

Em 2008 ninguém fez melhor do que ele: nos transportar ao mundo do sonho sessentista onde as melodias ajudam a colorir o mais bonito pôr-do-sol e as harmonias sopram junto com a brisa mais reconfortante. Em meio a um mar de artistas que revivem a década de ouro da pop music, Backward Forever mostrou que Any Version Of Me conseguiu, um nível acima, captar a essência de uma época. Uma época cujo legado prova ter força suficiente para atravessar gerações e continuar conquistanto novos adeptos, seja aonde for.

Assim o parisiense Guillaume volta com este Home Alone, ainda com ecos sessentistas e influência de grupos britânicos, mas agora focando as referências, mais solidamente, em artistas americanos. Climas que passeiam pelos anos 70, encontrando o folk e o soft rock. E apesar da mudança de direção, o francês continua um mestre da canção pop com sua sensibilidade apurada e domínio da arte de forjar melodias puras e doces.

Em Home Alone podemos escutar algo de Crosby Stills, Nash & Young, Gene Clark, Simon & Garfunkel, mas também, ainda, os onipresentes Beatles. E as ambiências reflexivas e melancólicas refletem e traduzem, com fidelidade, o título do álbum – ainda que a intenção seja a repercussão do álbum ir além-lar, além-França, além-mar. Por isso, suas canções batem por aqui pedindo para serem compartilhadas. Nem que seja só com você, naquele canto do quarto onde a janela te mostra a desordem mundo ser ordenada temporariamente pelos 35 minutos de Home Alone.

www.myspace.com/anyversionofme

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Keeps You Up When You're Down": THE PERMS!

Fazer uma promessa logo no título de um álbum de rock, pode ser bastante perigoso. Quando um grupo diz que “mantém você pra cima quando você está pra baixo”, deve confiar o suficiente na sua capacidade de mexer com as sensações, através de letras, melodias, batidas e harmonias. Ainda mais em um mundo onde o estresse é uma constante da vida moderna. Aliás, todo bom disco de power pop deveria vir com a frase estampada na capa – afinal, levar o bem-estar ao ouvinte é a função primordial do estilo. Ou não?

Keeps You Up When You’re Down é o quarto disco do trio canadense The Perms, formado por Shane Smith (baixo e vocais), Chad Smith (guitarra e vocais) e John Huver (bateria). E para honrar a afirmação feita no nome do álbum, o grupo de Winnipeg oferece canções com altas doses de energia primária, servidas com generosas porções de ganchos melódicos (para que os vidros de antidepressivos permaneçam docemente intocados).

A vigorosa “Give Me All Your Lovin” chega metendo o pé na porta com suas guitarras raivosas e o vocal soando como um Paul Stanley de mau-humor (ou com a calça apertada demais...). “As You Were” abre turbinando na distorção da guitarra para logo depois adoçar nos vocais e conquistar no grudento refrão. “Running Away” envolve no brilho das guitarras e na batida dançante – ao melhor estilo das bandas japonesas de power pop.

“The Mess” traz refrão para as massas e “You Don’t Know” é talhada para qualquer rádio pop do planeta. E a fúria gentil e envolvente continua dando o tom dos Perms: “Nightshift”, “Who Are Fooling” e “Big Mistake”. A esperta “Things Left Unsaid” tem acolhida fácil nos iPods da garotada descolada; e a melodia pop escala as paredes de guitarras na faixa final “Salvation” – de onde saiu a frase-promessa feita no título do disco e cumprida com todo louvor.

www.theperms.com
www.myspace.com/theperms

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"After School" - JENNY WOLFE!

De cara, a primeira coisa que chama a atenção em After School é capa: uma menina com a metade dos cabelos pintados de azul se apoiando em uma clássica guitarra Rickenbaker - ladeada por uma arte gráfica com ares retrô. Algo como se a nova geração interagisse com o passado, prestando suas honras e homenagens. E é exatamente disso que se trata o disco: a menina com a Rickenbaker é a texana Jenny Wolfe de 16 anos, e After School traz uma coleção de 12 covers de clássicos atemporais – além de duas faixas autorais.

Wolfe, aos 16, já é considerada uma veterana da cena no Texas. Aos 13 já tinha lançado seu primeiro disco, sob o nome Jenny Wolfe And The Pack e agora, sob os cuidados do produtor Freddie Steady Krc – ex- líder do The Explosives e atual Freddie Steady 5 – chega ao segundo álbum com este After School.

A faixa-título – composição de Wolfe e Steady - abre o disco com clima folk-country e já mostra potente voz de Jenny. Em seguida vem o clássico dos Jackson 5, a sensacional e empolgante “I Want You Back” – que segundo Jenny foi a faixa mais difícil e complexa de cantar. O bom gosto de Wolfe continua a toda a prova com “I Love You” dos Zombies e na bela canção dos Explosives “Lonely Street”, onde o próprio Krc faz os backing vocals com Jenny.

After School é quase uma ode aos anos sessenta, já que grande parte das músicas são daquela década. Como “Game of Love”, de Wayne Fontana & The Mindbenders; “Upstairs Downstairs”, dos Herman’s Hermits; “Dancing In The Streets”, de Martha & The Vandellas; “Baby It’s You”, das Shirelles e “Just A Little”, dos Beau Brummels. “Twisted Smile” é a outra obra autoral do álbum e bota a Rickenbaker da capa, e sua sonoridade jangle, para funcionar.

Interessante aqui ver uma garota de dezesseis interpretar a beleza melancólica de “Thirteen” do Big Star. E perceber que a força das verdadeiras canções pop continuam ultrapassando décadas e sendo, até, transportadas na voz da própria nova geração – como aqui bem faz Jenny Wolfe.

www.myspace.com/jennywolfeandthepack

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Spare Parts": JUNEBUG!

Desde 2004 a dupla britânica Junebug – formada pelos irmãos Guy e Raph Latham - lança religiosamente um álbum por ano. Discos sempre recheados de canções de alto teor pop, com melodias inspiradas e que revelam a usina de hits que é o duo (hits, por enquanto, restritos aos quartos dos power poppers distribuídos pelo mundo). E com este Spare Parts – “peças sobressalentes” – descobrimos que o Junebug se dá ao luxo de ter uma coleção de músicas não utilizadas em seus discos, revelando que sua produção de canções é mais ‘industrial’ do que pensávamos.

Aqui são 20 faixas em versão demo, gravadas entre 1997 e 2007, e que poderiam estar em qualquer dos cinco discos da banda. Todas com a marca de doçura vocal e melódica que caracteriza o som do Junebug. Difícil destacar músicas, mas podemos falar de “Dial Up”, que é conduzida por uma bateria eletrônica e pelos riffs feitos pelo teclado de Guy ou da melodia celestial de “Genevieve”. Também da batida de valsa na doce “Do The Right Thing” ou da maciez pop de “Turn To Fall”.

“Waiting For A Deam” e “Burning The Blackboards” lembram que a sonoridade do Teenage Fanclub influenciou os irmãos Latham. No sunshine pop “Sun Is Shining” brilha a batida bossa, e a levada de “Song For June”, anima aos amantes do pop sessentista. “Sweet Marianne” - com a devida produção – entraria em qualquer álbum pop mainstream atual e a linda “Will You Ever Come Down?”, tem cacife melódico pra figurar no disco power pop que for.

O pop eletrônico “Miracle Cure” arrebata na beleza da melodia, assim como as emocionais “The Way I Feel” e “Find A Meaning”, que fecham a coletânea. Se essas são as peças sobressalentes do Junebug, podemos esperar um novo colar de pérolas no disco de 2009.

www.myspace.com/junebugtheband

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Speaking Like An Elephant": CHEAP STAR!

Numa metade da bolacha Ken Stringfellow tocou teclado, tamborim e fez harmonias vocais. Na outra, Jon Auer tocou hammond e mellotron, guitarras e fez harmonias vocais. Juntando as duas partes você tem um álbum do Posies, certo? Errado. Mas com ressalvas. Errado porque é um disco dos franceses de Paris Rémi Vaissière, Thomas Ferrandon e Vincent Tuaux. Com ressalvas porque o disco de estreia do Cheap Star remete diretamente ao som do... Posies.

A dupla americana também foi responsável pela gravação e produção de Speaking Like An Elephant – passando algumas idiossincrasias da própria banda para o Cheap Star. Nome, aliás, que homenageia, às claras, os primordiais Cheap Trick e Big Star. Mas o clima geral do disco se aproxima de ambiências mais reflexivas, explorando paisagens emocionais na linha do mítico grupo de Alex Chilton e Chris Bell.

Independente da profusão de comparações e referências, o trio francês processa com habilidade suas influências americanas e mostram que o power pop começa a se alastrar mais solidamente na França, solo anteriormente pouco fértil para o estilo. E Speaking Like An Elephant está aqui provar isso. “For Saving Grace” abre o disco mesclando um riff de guitarra com batida afiada e o vocal extremamente amigável de Vaissière. A adorável “You Got It All”, e seu refrão viciante, mostram que o Teenage Fanclub também é uma forte influência por aqui.

Os ecos tristes e lindos do Big Star aparecem cristalinos em “Sugar & Candy” e os acordes e as harmonias vocais de “Willing Reason” relembram os melhores momento do Posies. Guitarra dedilhada, com um som de teclado pairando acima, dá o clima belo e melancólico em “Shell” – e que poderia fácil ser faixa do clássico I Am The Cosmos de Chris Bell. A faixa título e “Free To Believe” remetem ao Guided By Voices, enquanto “Make You Cry” joga a melodia pop por cima das guitarras rockers.

O jogo de vocais, a melodia macia e graciosa emociona em “If Your Heart” e a acústica e climática “Explanations”, anula os efeitos da gravidade no corpo do ouvinte. “Louder” encerra o CD confirmando que Speaking Like An Elephant não é um álbum do Posies, mas também que parte da alma da banda de Seattle, inegavelmente, brilha ali.

www.myspace.com/cheapstar

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Who I Am": SpreaderCraig!

“Cantor-compositor procura ‘casa’ para suas canções”. No mundo da independência, muitas vezes talentosos compositores enxergam em artistas renomados a chance de tornar suas músicas conhecidas do grande público. E usam seus discos como cartão de visitas ou uma espécie de portfólio. Se não der certo, pelo menos fica o registro da paixão pela música pop a ser apreciada por poucos, mas fiéis fãs.

E é mais ou menos isso que o inglês de Sheffield Craig Veitch busca com seu álbum Who I Am, gravado num quarto de casa e recheado de canções pop de potencial radiofônico na linha Neil Finn. Como a ganchuda faixa de abertura “A Million And One Things Unsaid” e seu incrível refrão autocolante. Já a maciez acústica de “Who Am I” antecede o crescendo envolvente de “I’m Gonna Make It” até a batida de violão e vocais harmônicos de “I Need A Friend”.

Palmas e ritmo para a candidata a hit de rádio “It’s A Swizz” e piano e voz para a balada “If I Could Write A Love Song”. “I’m The Top Of The World” capricha no refrão adesivo e a beleza triste de “Chalk And Cheese” fecha o álbum. Que traz pronta uma coleção de canções esperando por maiores audiências, seja pelas mãos de Veitch ou de algum gigante do pop, apequenado, momentaneamente, em sua crise criativa.

www.spreadercraig.com
www.myspace.com/spreadercraig

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"Brooklyn Is Love": CREAKY BOARDS!

Com a infinidade de incríveis bandas pop habitando o underground musical, sempre me perguntei se os monstros do mainstream, vez por outra, não renovavam suas desgastadas criatividades em ideias colhidas sorrateiramente na cena independente. E foi exatamente por uma suposição envolvendo plágio que o Creaky Boards ficou falado no mundo musical, um ano atrás. Andrew Hoepiner, a mente por trás dos Boards, acusou o Coldplay de ter roubado a melodia de “The Songs I Didn’t Write” para usar em “Viva La Vida” – o primeiro single do álbum novo dos ingleses

De fato as músicas são muito parecidas, mas, obviamente, Chris Martin negou que conhecesse previamente a canção de Hoepiner (que afirmou ter visto Martin em show do Creaky Boards no CMJ Festival de Nova Iorque em 2007). Não podemos afirmar se houve coincidência ou má fé, mas a verdade é que, a música do Creaky Boards é muito mais interessante que a do multiplatinado Coldplay. Sem falar na ironia ao revés do título – “As Canções Que Eu Não Escrevi” – na realidade uma homenagem ao mestre Brian Wilson.

O multiinstrumentista Andrew Hoepiner deixou seu Michigan natal, alguns anos atrás, para tentar a sorte em Nova Iorque, aonde chegou a tocar em estações de metrô. Contou com ajuda de diversos amigos para gravar Brooklyn Is Love, que, no fim das contas, soa como uma prova de amor a Brian Wilson e aos Beach Boys fase Pet Sounds. A polêmica e ótima “The Songs I Didn’t Write” abre o álbum com melodia emocional e vibrafones por toda parte. “Now I’m In The City” remete às faixas up dos já citados Beach Boys e “Brooklyn” traz profusão de trumpetes em clima circense/teatral e melodia ultra-envolvente.

Harmonias vocais celestiais e melodia adorável são embaladas com cuidado pelo clima sessentista em “Oh Just Be Silent”. “Lie To Me” é orquestral wilsoneana e, para animar a festa de salão, balançar as mãos e dançar charleston, “Before You Become Me Out”. A balada “I’m So Serious” regride aos anos cinquenta e, na bela “I’m Touching The Electric Fence”, Hoepiner fala de si mesmo enquanto toca notas ao piano. A climática e densa “SOS” encerra o álbum, delineada por um baixo e vibrafones. E antes que eu me esqueça: se você pretende comprar o novo do Coldplay, repense a ideia e invista seu dinheiro em “Brooklyn Is Love”. Prefira sempre o original.

www.creakyboards.com
www.myspace.com/creakyboards
http://www.youtube.com/watch?v=eUhFLiw6h6s
(vídeo para quem quiser comparar “The Songs I Didn’t Write” e “Viva La Vida”).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

"Elizabeth Parker": DAVE CARUSO!

Por mais de meia década Dave Caruso manteve Elizabeth Parker alheia aos ouvidos do mundo. Composto em 2004, o EP de seis canções talvez não tenha tido a devida repercussão na época de seu lançamento original. E agora emerge potente e vigoroso sem deixar de ser cativante e gentil, nas mãos deste cantor-compositor veterano de Trenton, Michigan e ex-líder da banda oitentista Caruso.

“Elizabeth Parker” abre o EP soando como um hino power pop – e que poderia facilmente fazer parte da discografia de Elvis Costello. Riff memorável, guitarras brilhantes, vocal voluntarioso e melodia das mais empolgantes. A energética e adorável “I Can’t Be On Time” segue na linha clássica de Mr. Costello e convida a audiência a repetir o refrão adesivo. “If I Died Today” traz batida macia de bossa e “Letter To My Ex” balança na batida esperta das guitarras e na sonoridade que remete ao nova-iorquino Mark Bacino.

A bela “I’m Not Finished Yet” é balada pop ao piano no melhor estilo Elton John. Encerra o disco a versão demo de “Elizabeth Parker”, canção que, ao final das contas é a representação sonora da ilustração de capa do EP: uma ilha viva de cores em meio ao mar negro e monótono da pop music atual.

www.davecarusoweb.com
www.myspace.com/davecarusoweb

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Makes Your Ears Smile": THE CAMPBELL STOKES SUNSHINE RECORDER!

“Eu sou muito desleixado para o power pop / porque eu nunca sei quando parar / e todas as minhas progressões de acordes soam iguais...”. Quem ouve tais frases, aqui em tom de confissão, sem saber quem está por trás delas, poderia acreditar. Elas abrem o disco do projeto solo de Andy Morten, líder do extinto Bronco Bullfrog, e só podem parecer ironia. Porque Andy e seu Bullfrog trouxeram alguns dos melhores álbuns da história recente do power pop; e algumas da mais inspiradas canções – que se baseavam no mix da energia primária e juvenil do The Who com o melodicismo pop e universal dos Beatles.

Makes Your Ears Smile - além de resumir em quatro palavras as intenções mais profundas de Morten – traz de volta o espírito e as estruturas das canções pop perfeitas do Bronco. Como se depois de tantos anos o The Campbell Stokes Sunshine Recorder encarnasse uma versão mais depurada, leve e pessoal da ex-banda de Andy. Que não deixou de existir por brigas ou divergências de seus membros. Mas simplesmente porque a dinâmica da vida assim exigiu: novos trabalhos (já que a banda nunca foi um ganha-pão); casamentos, filhos, mudanças para cidades diferentes.

E o próprio Morten diz isso na faixa de abertura “Track One” quando afirma que “está muito atarefado para ter uma banda”. Mas não deixou que sua paixão pela música fosse sufocada por isso. Assim, fez do seu jeito: compôs, gravou, produziu, mixou, cantou e tocou os instrumentos, no conforto de sua casa. Lançou pela própria gravadora – Jacko The Green - e deu novo alento aos fãs do Bronco Bullfrog com um álbum inspiradíssimo, de canções simples e melodias ultra-ganchudas. Como a já citada “Track One”: tom confessional, altamente pessoal e autoexplicativa “essa é a primeira faixa do meu álbum”... e que já cola de cara no cérebro do ouvinte, pedindo, sem cerimônia, um lugar na sua memória afetiva.

É sim a mesma voz doce de Morten; tem sim muitas progressões de acordes já usadas e estruturas de canção com verso-refrão-verso-ponte-refrão. Mas afinal de contas, de que precisamos se não dessas mesmas sensações para fazer do mundo um lugar melhor? E é por isso que o sol parece mais brilhante, o céu profundamente mais azul e a brisa do mar muito mais refrescante quando “She Looks Good In The Sun” invade o ambiente, com sua melodia adorável e seus macios ‘pa-pa-pas’. Na divertida e doce “Tony Hazzard” - onde Andy é Hazzard (compositor inglês por trás de muitos sucessos de grupos sessentistas) ele entoa: “todo mundo vai cantar minhas canções e meus discos serão número um (nas paradas)” – obviamente traduz o sonho de um compositor pop de talento como Morten (e que sabiamente soube não transformá-lo numa obsessão compulsiva), além da homenagem a um nome que nunca apareceu sob os holofotes.

“Bye Bye Mrs Bumble” segue a linha do ex-grupo de Andy, com melodia cativante, harmonias vocais perfeitas e várias passagens que criam um forte clima emocional. Guitarras psicodélicas abrem “Everybody Loves The Good Times”, que soa como uma colagem de fragmentos de várias canções diferentes. Mais uma canção contagiosa e colante: “Feel The Sunshine” – Morten sabe exatamente quais botões apertar para fazer o power pop mais infeccioso do planeta. “Olivia’s Plaything” poderia fácil estar no último disco do Primary 5, no violão com clima de raiz e carisma pop.

“TV Jingle Man” aproveita suas guitarras jingle-jangle para colar uma parte de “So You Want To Be A Rock ’N’ Roll Star”, clássico dos Byrds e “You Can Make Me Smile” traz um dos refrões mais bonitos do ano – especialidade de Andy Morten. Encerra o álbum a balada acústica “No Name # 7”, e o sorriso estará estampado, não só nos ouvidos, mas no fundo do seu coração.

www.myspace.com/campbellstokessunshinerecorder