segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"All Haunt's Sound": THE ALICE ROSE!

Você conseguiria ser sofisticado, sincero, lírico, direto, melancólico, reflexivo, animado e emotivo em apenas três minutos? Ser simples sem ser simplório ou ser complexo sem ser prolixo? O The Alice Rose consegue. Sem esforço e soando natural o quinteto de Austin, Texas, traz seu conjunto de gemas pop, trançadas com arranjos inteligentes e melodias adesivas. All Haunt’s Sound, segundo álbum dos americanos, se inspira em Beatles, mas com um corte Big Star; admira Squeeze, mas também pode se aproximar do Toad The Wet Sprocket.

A inspiração dos texanos respira forte o pop setentista, mas o carisma do vocalista, guitarrista e principal compositor JoDee Purkeypile dá alma e personalidade ao Alice Rose. Sua poesia dolorida e sincera soa verdade pura na emoção de sua doce voz. Sem perder a maciez e a aderência da verdadeira canção pop. Como na abertura “She Did Command”, de bateria quebrada, violões vívidos e teclados climatizando. A batida envolvente conduz a melodia auto-adesiva em “Waste Away” e, o clima acústico e reflexivo de “Agony Aunt”, é emoldurado com delicadeza pelos falsetes de Purkeypile.

“Maybe A Ride” mostra que o pop pode ter arranjos bem tramados e continuar simples e agradável. As cativantes e ganchudas “Slumbrella” e “It’s All Allowed” antecedem a leve e refrescante “Rags Of Autumn”. A balada orquestrada com jogos de cordas “I Know Your Ghost” e a bela “There’s No One In The Theme” mostram que o Alice Rose sabe adicionar com maestria a dose certa de refinamento ao seu pop. E que All Haunt’s Sound não precisa mais do que 38 minutos para provar que o pop poder ser eloqüente, relevante e emocional.

www.myspace.com/thealicerose

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