Por Daniel Arêas
Há um consenso em se afirmar que, apesar de ser um daqueles raros artistas que não têm qualquer receio em experimentar novas direções em suas carreiras, Todd Rundgren é figura de grande importância para o power pop. Álbuns clássicos como The Ballad Of Todd Rundgren e Something/Anything? são apenas algumas provas disso. O que nem todos sabem é que suas primeiras – e fundamentais - contribuições para o estilo haviam acontecido alguns anos antes, ainda na década de 60, como membro do quarteto americano Nazz.
Todd Rundgren (lead guitar) e Carson Van Osten (baixo) criaram o Nazz (que muitas vezes é equivocadamente chamado de The Nazz – o nome correto não possui o artigo definido) na Philadelphia em 1967 recrutando Thom Mooney para a bateria e Robert “Stewkey” Antoni para o vocal e teclados. A banda estreou nos palcos em julho daquele ano (abrindo para o The Doors) e alguns meses depois assinavam com John Kurland para este ser seu empresário. Só que logo ficou claro que as pretensões de Kurland para o Nazz eram bem diferentes das da própria banda.
Kurland optava por preservar a banda, evitando agendar shows crendo que com isso aumentaria o interesse e a curiosidade em torno dela. Ele também queria apresentar o Nazz como uma boy band pré-fabricada, direcionada para o público teen (a banda chegou a aparecer em algumas revistas da época, destinadas ao público adolescente). Foi divulgando essa imagem que Kurland conseguiu um contrato para a banda com a Screens Gems Columbia Records, que à época buscava um “novo Monkees”. Mas desde o início o Nazz demonstrou que tinha ambições muito diferentes das que lhe eram impostas.
Nazz, o primeiro disco, saiu em outubro de 1968, apoiado pelo single “Open My Eyes”/“Hello It’s Me”. Embora ambos fossem esplêndidos, tanto o álbum quanto o single não alcançaram sucesso comercial (“Hello It’s Me” anos depois seria regravada por Todd Rundgren e incluída em Something/Anything?, tornando-se um hit). Na verdade o single podia ser visto como uma síntese do disco. Se “Open My Eyes” expunha a faceta rocker, mais pesada da banda (junto com canções como “Back Of Your Mind”, “Wildwood Blues”, “When I Get My Plane”), “Hello It’s Me” - uma linda balada embelezada por cuidadosas harmonias vocais de três partes – era uma amostra do seu lado mais suave (a exemplo de canções como “See What You Can Be”, “Crowded” e “If That’s The Way You Feel”)
Fortemente calcado no brit-rock sessentista (as referências mais claras incluem The Who, The Beatles, The Move, Cream) mas com suas influências mescladas em canções de forte apelo pop, Nazz antecipava o power pop em alguns anos. É também o disco em que o talento e as habilidades de Todd Rundgren (como músico, compositor e produtor) começaram a aflorar. Das dez canções de Nazz, oito eram assinadas por ele, que fez ainda todos os arranjos e remixou o primeiro single da banda. Rundgren naturalmente assumia a condição de líder da banda; e isso em pouco tempo provocaria conflitos com os demais membros.
Há um consenso em se afirmar que, apesar de ser um daqueles raros artistas que não têm qualquer receio em experimentar novas direções em suas carreiras, Todd Rundgren é figura de grande importância para o power pop. Álbuns clássicos como The Ballad Of Todd Rundgren e Something/Anything? são apenas algumas provas disso. O que nem todos sabem é que suas primeiras – e fundamentais - contribuições para o estilo haviam acontecido alguns anos antes, ainda na década de 60, como membro do quarteto americano Nazz.
Todd Rundgren (lead guitar) e Carson Van Osten (baixo) criaram o Nazz (que muitas vezes é equivocadamente chamado de The Nazz – o nome correto não possui o artigo definido) na Philadelphia em 1967 recrutando Thom Mooney para a bateria e Robert “Stewkey” Antoni para o vocal e teclados. A banda estreou nos palcos em julho daquele ano (abrindo para o The Doors) e alguns meses depois assinavam com John Kurland para este ser seu empresário. Só que logo ficou claro que as pretensões de Kurland para o Nazz eram bem diferentes das da própria banda.
Kurland optava por preservar a banda, evitando agendar shows crendo que com isso aumentaria o interesse e a curiosidade em torno dela. Ele também queria apresentar o Nazz como uma boy band pré-fabricada, direcionada para o público teen (a banda chegou a aparecer em algumas revistas da época, destinadas ao público adolescente). Foi divulgando essa imagem que Kurland conseguiu um contrato para a banda com a Screens Gems Columbia Records, que à época buscava um “novo Monkees”. Mas desde o início o Nazz demonstrou que tinha ambições muito diferentes das que lhe eram impostas.
Nazz, o primeiro disco, saiu em outubro de 1968, apoiado pelo single “Open My Eyes”/“Hello It’s Me”. Embora ambos fossem esplêndidos, tanto o álbum quanto o single não alcançaram sucesso comercial (“Hello It’s Me” anos depois seria regravada por Todd Rundgren e incluída em Something/Anything?, tornando-se um hit). Na verdade o single podia ser visto como uma síntese do disco. Se “Open My Eyes” expunha a faceta rocker, mais pesada da banda (junto com canções como “Back Of Your Mind”, “Wildwood Blues”, “When I Get My Plane”), “Hello It’s Me” - uma linda balada embelezada por cuidadosas harmonias vocais de três partes – era uma amostra do seu lado mais suave (a exemplo de canções como “See What You Can Be”, “Crowded” e “If That’s The Way You Feel”)
Fortemente calcado no brit-rock sessentista (as referências mais claras incluem The Who, The Beatles, The Move, Cream) mas com suas influências mescladas em canções de forte apelo pop, Nazz antecipava o power pop em alguns anos. É também o disco em que o talento e as habilidades de Todd Rundgren (como músico, compositor e produtor) começaram a aflorar. Das dez canções de Nazz, oito eram assinadas por ele, que fez ainda todos os arranjos e remixou o primeiro single da banda. Rundgren naturalmente assumia a condição de líder da banda; e isso em pouco tempo provocaria conflitos com os demais membros.
O Alice Cooper não fez parte dessa banda?
ResponderExcluirNão, na realidade não. A banda na verdade durou menos de 2 anos, alguns dos membros tocaram em outras bandas da década de 70, mas o que realmente fez uma sólida carreira solo foi Todd Rundgren.
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