sexta-feira, 25 de maio de 2007

Entrevista exclusiva: RICHARD X. HEYMAN!


Artesão da canção pop e seguidor fiel do rock clássico, o cantor-compositor novaiorquino, aos 20 anos de carreira, tornou-se um espécie de cult-hero dos power poppers.
Com cinco álbuns cheios na discografia, porções de riffs, melodias e harmonias envolventes, Richard X. Heyman acaba de lançar Actual Sighs, onde "regrava" seu primeiro disco nunca lançado.
Direto de Nova York, ele falou com exclusividade ao Power Pop Station.


Power Pop Station: Você é um artista reverenciado por power poppers em todo mundo e às vezes chamado de "power pop hero". O que você acha disso?

Richard X. Heyman: Eu sempre aprecio quando alguém gosta da minha música. Não é meu trabalho categorizar o que faço. Eu não penso em termos de "power pop " ou qualquer outra classificação. Música é uma válvula de escape emocional para mim. É muito gratificante quando recebo um comentário de um fã, que me diz como ele ou ela reage à minha música, em particular, ou a todo o álbum.

PPS: Hey Man! é seu único álbum lançado por uma grande gravadora (Sire/Warner Bros.) e a crítica o considera sua obra-prima. Obviamente não existe relação entre os dois fatos. Fale-nos sobre isso.

RXH: Hey Man! obra-prima? Eu gostaria que alguém tivesse dito isso ao pessoal da Sire/Warner Bros. Eu sempre tento fazer o melhor em cada álbum. Alguns encantam ouvintes diferentes por diversas razões. Eu acho que Hey Man! tinha uma seleção eclética de faixas. Os temas tinham conteúdos bastante diversos, como "Civil War Buff" ou "Monica", que foi o primeiro gato que eu resgatei (Nota do editor: Heyman participa de grupos de resgate de animais em Nova York). Novamente, sou agradecido pelo retorno positivo que recebo.

PPS: Você teve um hiato discográfico em sua carreira entre Hey Man! (1991) e Cornerstone (1998). O que aconteceu?

RXH: Eu estava tranquilo na Sire/Warner Bros. esperando para fazer o sucessor de Hey Man! Perda de tempo. Quando finalmente soube que a gravadora não tinha interesse em gravar um novo álbum comigo, fui a um estúdio aqui em NY e comecei a trabalhar as canções para Cornerstone. Então assinei com um selo independente que apenas estava começando. Eu estava sob contrato e não podia lançar nada até que eles (o selo) engrenassem. Quando me dei conta, vários anos passaram. Todo este tempo estive escrevendo, gravando no estúdio e tocando em shows. Também estive bastante envolvido com resgate de animais.

PPS: Quais suas influências do passado? E da cena atual, quais bandas ou artistas você recomenda?

RXH: Bem, eu sou um pouco tradicionalista quando se fala em rock and roll. Fui influenciado por Chuck Berry, Little Richard, The Everly Brothers, Buddy Holly, The Beach Boys, os compositores da Brill Building, Motown, The Beatles, The Rolling Stones, The Who, The Kinks, The Rascals, The Birds, The Lovin' Spoonful, Procol Harum, The Zombies... Fui a muitos concertos enquanto crescia. Adorei o Fillmore East. Foi muito estimulante. O som do Fillmore era lindo. Uma das melhores bandas que tocaram lá foi o Procol Harum. Adorei a voz do Gary Brooker e a bateria fantástica do B.J. Wilson. Eu quase não escuto a nova cena musical, mas gosto do Sufjan Stevens.

PPS: Talvez você seja o primeiro artista a começar a carreira discográfica pelo segundo álbum e a lançar o primeiro 20 anos depois...

RXH: Eu nunca consegui gravar meu primeiro álbum nos anos 80. Simplesmente eu não tinha dinheiro para ir a um estúdio e gravar todas músicas que eu tinha selecionado para meu debut. Então gravei em um EP seis destas canções. O resto do material eu coloquei de lado, ou melhor dizendo, pus numa pasta embaixo da minha cama. Depois comecei a trabalhar em meu projeto seguinte, onde selecionei uma porção de canções completamente diferentes e que viriam a se tornar meu primeiro LP, chamado Living Room!!
PPS: Deixe um mensagem para seus fãs brasileiros.
RXH: Adorei saber que tenho fãs no Brasil. Prometo escrever de volta a cada mensagem que eu receber. No momento estou escrevendo material para meu novo álbum, que terá a maior parte das canções baseadas em piano. A produção terá instrumentos acústicos com um mínimo de bateria. Sou grande fã de Joni Mitchell, e sempre adorei músicas como "Ladies Of The Canyon" e "Blue", especialmente canções ao piano. Então, o sentimento do meu próximo disco seguirá nessa linha.
Obrigado a todos pelo apoio.






































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