sábado, 2 de junho de 2007

Pressão garageira direto da Galícia: THE HOMENS!


Logo de cara fica claro o que sobra e o que falta a esse power trio galego: sobra personalidade e falta pretensão comercial.
Formada em 2004, em Santiago de Compostela, Espanha, a banda escolheu a língua nativa para dar voz a seu rock garageiro. O que limita seu alcance mercadológico à região da Galícia, já que o galego é uma mistura de espanhol e português, formando um híbrido por vezes ininteligível para os dois lados.

Em seu segundo EP, intitulado # 2, o The Homens se rotula como power pop, mas certamente o som está mais próximo do garage rock.
Com sete faixas (sendo duas captadas direto de um ensaio) Martin Wu (voz e guitarra), Roi (baixo e voz) e Xocas (bateria), produzem um som cru, direto e objetivo, sem firulas. Se inspiram no The Who nervoso do início de carreira, como na vitaminada “Sandra Dee”, que traz um teclado vintage energético e vocais com “pa-pa-pa” em dois minutos de pressão sonora. “Non Podo Mais” mantém e eletricidade em 220 volts em corrente até as flamejantes guitarras, vocais com efeito - da única música cantada em inglês - “You’re So Cool”. “Uh, Uh, Uhh!” parece cantada em três línguas: “Faime mal, infectame /dame mas, enfermame /vem bailar /es mina toxic girl”, mas guiada pelo universal “uh,uh, uhh”, bota fogo em qualquer CD player pelo mundo afora.

E possível que o The Homens nunca ultrapasse com consistência as fronteiras da Galícia, mas sua gana de fazer o que acredita e a energia do seu aparato sônico já bateu por aqui, do outro lado do Atlântico.

www.thehomens.com

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