Ao mesmo tempo que a era digital nos trouxe uma inegável facilidade na busca de novos de sons, onde qualquer estilo está disponível a um clique de você, consolidou também uma tendência mundial de exaltação à música eletrônica. Por conseqüência, uma forma diferente de absorção sensorial da música. Bandas independentes que escolheram revisitar e reprocessar estilos (que encontraram seu auge décadas atrás) passaram a se orgulhar por manter vivo o traço orgânico da verdadeira canção. Por isso, o combo de Toledo, Ohio, The Pillbugs informa com orgulho, em seu terceiro disco, o duplo Buzz For Aldrin: “Guarantia de qualidade: todos os instrumentos foram tocados por pessoas reais e gravados em equipamento análógico”. Sintomático...
Passeando por paisagens psicodélicas e homenageando no título o astronauta Buzz Aldrin – o segundo homem a pisar na Lua - o quinteto americano não economiza na utilização de instrumentação diversa, como orgãos variados, trumpete, clarinete, cítara, cello, harpa, etc. Tudo para te elevar a um clima onírico-espacial muito apreciado nos anos 60 e 70.
“Waking Along An Edge Of Sky” abre o disco 1 recheada pelos sons de cítaras e órgãos vintage, desaguando no refrão pop e viajante como só George Harrison sabia fazer. A influência de grupos progressivos - Yes, King Crimson – aparece cristalina em várias passagens do álbum, com a vantagem de não repetirem as ‘trips masturbatórias’ típicas daquelas bandas.
Ambiências dramáticas estão ombro a ombro com belas melodias e caprichadas harmonizações vocais, como em “King Of Zorg”. “No Joke” joga com o romantismo psicodélico, se é que isso é possível, até esbarrar na esperta “Spaced-out” e seu refrão de arena “gone underground with your space-out rock and roll”. “Al Gabone” nos rememora as influências dos Beatles de Sgt. Peppers e dos contemporâneos do coletivo Elephant Six – principalmente Apples In Stereo e Olivia Tremor Control. Fechando o disco o pop psicodélico, de refrão com palminhas sixtie e harmonias cheias de uh-uhs, “Lost Lonely Sailor”.
O disco 2 segue a viagem pela órbita de Saturno e seus anéis de rostos humanos. Continua saturando nas cores e transformando galáxias em espirais de neon. Mais cítaras e vocalizações Harrisonianas para “4 Sec Nightmare In A 5 Sec Dream”. Flutuando no frio sideral “Closer” vai encontrar o calor da beatle “I’d Give It All Up To You”, que engrossa o fluído e vira Paul McCartney cantando seus rocks em “The Last Confederate Soldier”. Sem dúvida no segundo disco fica mais audível a influência dos fab four na sonoridade do Pillbugs. Já mais setentistas, com pa-ra-pa-pas amparados por violinos, vêm “She’s In Style” e a contagiante “Still Haven’t Learned To Behave.”. A singela acústica “Long Goes The Human” evindencia a admiração por Simon & Garfunkel. “Good To Be Alive” e sua batida indiana traz novamente as cítaras introduzidas no pop pelo mestre Harrison. Encerrando o disco, “In The End (You’re Moving On)” é uma versão diferente de “Waking Along An Edge Of Sky”, sem cítaras e com uma roupagem deveras mais pop, porém, ainda sim, uma deliciosa viagem pelos confins do universo paralelo da música independente.
www.pillbugs.com
www.myspace.com/thepillbugs
Passeando por paisagens psicodélicas e homenageando no título o astronauta Buzz Aldrin – o segundo homem a pisar na Lua - o quinteto americano não economiza na utilização de instrumentação diversa, como orgãos variados, trumpete, clarinete, cítara, cello, harpa, etc. Tudo para te elevar a um clima onírico-espacial muito apreciado nos anos 60 e 70.
“Waking Along An Edge Of Sky” abre o disco 1 recheada pelos sons de cítaras e órgãos vintage, desaguando no refrão pop e viajante como só George Harrison sabia fazer. A influência de grupos progressivos - Yes, King Crimson – aparece cristalina em várias passagens do álbum, com a vantagem de não repetirem as ‘trips masturbatórias’ típicas daquelas bandas.
Ambiências dramáticas estão ombro a ombro com belas melodias e caprichadas harmonizações vocais, como em “King Of Zorg”. “No Joke” joga com o romantismo psicodélico, se é que isso é possível, até esbarrar na esperta “Spaced-out” e seu refrão de arena “gone underground with your space-out rock and roll”. “Al Gabone” nos rememora as influências dos Beatles de Sgt. Peppers e dos contemporâneos do coletivo Elephant Six – principalmente Apples In Stereo e Olivia Tremor Control. Fechando o disco o pop psicodélico, de refrão com palminhas sixtie e harmonias cheias de uh-uhs, “Lost Lonely Sailor”.
O disco 2 segue a viagem pela órbita de Saturno e seus anéis de rostos humanos. Continua saturando nas cores e transformando galáxias em espirais de neon. Mais cítaras e vocalizações Harrisonianas para “4 Sec Nightmare In A 5 Sec Dream”. Flutuando no frio sideral “Closer” vai encontrar o calor da beatle “I’d Give It All Up To You”, que engrossa o fluído e vira Paul McCartney cantando seus rocks em “The Last Confederate Soldier”. Sem dúvida no segundo disco fica mais audível a influência dos fab four na sonoridade do Pillbugs. Já mais setentistas, com pa-ra-pa-pas amparados por violinos, vêm “She’s In Style” e a contagiante “Still Haven’t Learned To Behave.”. A singela acústica “Long Goes The Human” evindencia a admiração por Simon & Garfunkel. “Good To Be Alive” e sua batida indiana traz novamente as cítaras introduzidas no pop pelo mestre Harrison. Encerrando o disco, “In The End (You’re Moving On)” é uma versão diferente de “Waking Along An Edge Of Sky”, sem cítaras e com uma roupagem deveras mais pop, porém, ainda sim, uma deliciosa viagem pelos confins do universo paralelo da música independente.
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