Há uma coisa que as bandas emo precisam saber: o ponto de encontro entre o punk e o power pop definitivamente não passa por elas. O cruzamento original se deu no fim dos anos 70 início dos 80, por grupos que não queriam perder a pegada energética do punk rock mas, precisavam escoar, ao mesmo tempo, sua capacidade pop de preparar melodias. E é nesse espírito que a banda espanhola de León, Pickpockets, produz seus torpedos sônicos.
Underworld é uma autoprodução de Jorge Coldan (guitarra e voz), Carlos Puente (baixo e backings) e Jacob González (bateria) e não tem lançamento oficial. Os Pickpockets procuram um selo que se interesse na sua simplicidade direta e arrebatadora: treze canções em 25 minutos de duração. Que segundo eles “é pop demais para os punks e punk demais para os pop”. As maiores referências declaradas são Stiv Bators (vocalista dos Dead Boys) e Only Ones, mas os ingredientes principais carregam sempre, generosamente, na adrenalina e energia.
Os ‘batedores de carteira’ abrem com autoreferente “Pickpockets”, de cara um punk rock sujo de trinta e poucos segundos. “Payin’ My Rent Every Day”, “Never See Me Again” e “I’m In Love With You” escancaram na pressão das guitarras e batida vigorosa sem perder de vista o caráter pop das músicas. “Need You So” desacelera, pende mais para o garage rock sessentista e acabam soando como os contemporâneos do Resonars. “Burnin’ All The Way” tem cheiro de hit na melodia e harmonias vocais envolventes, embaladas pela voz carismática de Coldan.
“Hail To Me” lembra a fase mais antiga dos conterrâneos do Feedbacks, ou seja, pegada punk desaguando em um power pop sem firulas. E assim vai descendo em cascata o punk-power-pop do Pickpockets de alta voltagem, feito para levantar defunto em fim de festa.
“Dead Letter # 21” e “And Beat Me” jogam luz com precisão no ponto de contato do tom provocador do punk com o conciliador do (power) pop. A balada “Now I Can Tell” fecha o Underworld – que tomara seja em breve lançado e sirva de parâmetro para que os emos parem, de uma vez por todas, de se apropriar do termo “power pop”.
www.myspace.com/pickpockets
Underworld é uma autoprodução de Jorge Coldan (guitarra e voz), Carlos Puente (baixo e backings) e Jacob González (bateria) e não tem lançamento oficial. Os Pickpockets procuram um selo que se interesse na sua simplicidade direta e arrebatadora: treze canções em 25 minutos de duração. Que segundo eles “é pop demais para os punks e punk demais para os pop”. As maiores referências declaradas são Stiv Bators (vocalista dos Dead Boys) e Only Ones, mas os ingredientes principais carregam sempre, generosamente, na adrenalina e energia.
Os ‘batedores de carteira’ abrem com autoreferente “Pickpockets”, de cara um punk rock sujo de trinta e poucos segundos. “Payin’ My Rent Every Day”, “Never See Me Again” e “I’m In Love With You” escancaram na pressão das guitarras e batida vigorosa sem perder de vista o caráter pop das músicas. “Need You So” desacelera, pende mais para o garage rock sessentista e acabam soando como os contemporâneos do Resonars. “Burnin’ All The Way” tem cheiro de hit na melodia e harmonias vocais envolventes, embaladas pela voz carismática de Coldan.
“Hail To Me” lembra a fase mais antiga dos conterrâneos do Feedbacks, ou seja, pegada punk desaguando em um power pop sem firulas. E assim vai descendo em cascata o punk-power-pop do Pickpockets de alta voltagem, feito para levantar defunto em fim de festa.
“Dead Letter # 21” e “And Beat Me” jogam luz com precisão no ponto de contato do tom provocador do punk com o conciliador do (power) pop. A balada “Now I Can Tell” fecha o Underworld – que tomara seja em breve lançado e sirva de parâmetro para que os emos parem, de uma vez por todas, de se apropriar do termo “power pop”.
www.myspace.com/pickpockets