Já está fora de questão: dominar o mundo através das boas melodias não é mais causa. Pode ser que um dia, em tempo distante, seja conseqüência. Ainda mais se falamos de jovens anacrônicos, perdidos em sua própria era e que se identificam com a arte produzida há 40 anos. Porque não se aceita, no mundo moderno, o fato de que mais do que estilos ou modas, foram criadas formas de expressão que se mostraram atemporais. Valoriza-se hoje a inventividade e o manuseio das novas tecnologias aplicadas à música.
Mas muitos não querem saber de invencionices e modernices quando é o coração que está em jogo: as emoções mais profundas que só a velha e boa melodia sabe como atingir.
É nesse contexto que aparece o Handclaps and Harmonies, quarteto do Texas com as melhores melodias do mercado e as roupas mais cafonas e fora de moda. “Handclaps and Harmonies Presents Handclaps and Harmonies” já entrega muito das intenções no próprio nome/título. Afinal em que época a música era dominada por harmonias e palminhas ?
Mark Huebel (guitarra vocais), Chris Voss (guitarra e vocais), Pat Adams (baixo e vocais) e Kris Knight (teclados e vocais) apesar das vestimentas, não aparentam mais do que seus vinte e poucos anos. Prova de que se encantaram com o pop sessentista muitos anos depois de quando o estilo estava no topo das paradas. Ou seja, nada mais novo e fresco para o quarteto que aquelas bandas e suas melodias maravilhosas. Sem mirar o mercado, se guiaram pela estética preferida que está toda revelada aqui, no seu álbum debut (começando pelo CD, que imita perfeitamente um disquinho de vinil).
Já em “Be With You”, o quarteto abre o arsenal de 'pa-pa-pas' e batidinhas sixties, tudo pontuado por metais espertos. “The Game” envolve com suas harmonias preciosas e ritmo dançante (quando o termo se referia a bailinhos de salão e não discotecas). “Sad Pinguin” mostra que apesar das ingênuas melodias, as letras podem ser irônicas, e, unidas, tirar sorrisos de satisfação dos ouvintes. Aliás fica clara a intenção primeira do álbum: transmitir uma sensação de bem-estar, elevar até o ponto de leveza que só tínhamos na infância, sem o peso das responsabilidades e com a pureza de coração. Os ganchos melódicos mais contundentes do ano seguem por aqui: “Kissing” “She’s Not Around”, “Sign” “Mr. Wilson”... A belíssima balada “My Winter Girl” que 'romanticamente' diz: “ela é minha garota inverno/ele faz meu coração um pouco mais frio”.
Às vezes não é válido fazer comparações entre bandas pouco conhecidas, mas impressiona a semelhança das melodias e harmonias do Handclap com a dos conterrâneos do Second Saturday – a diferença clara está na distorção mastodôntica do SS que não se repete no H&H. E o pop contagiante continua a infectar os ouvidos e dominar os sentidos: “You Know”, “Outta Sight”, “I Should Never”. Todo mundo junto em “Barter” e emocionado em “Goodnight” até o encerramento celestial com a Wilsoniana “Waitin’ You”.
É, se simples canções pop podem fazer seu dia melhor, porque não aproveitar e se esquecer dessa história de tempos modernos?
www.handclapsandharmonies.com
Mas muitos não querem saber de invencionices e modernices quando é o coração que está em jogo: as emoções mais profundas que só a velha e boa melodia sabe como atingir.
É nesse contexto que aparece o Handclaps and Harmonies, quarteto do Texas com as melhores melodias do mercado e as roupas mais cafonas e fora de moda. “Handclaps and Harmonies Presents Handclaps and Harmonies” já entrega muito das intenções no próprio nome/título. Afinal em que época a música era dominada por harmonias e palminhas ?
Mark Huebel (guitarra vocais), Chris Voss (guitarra e vocais), Pat Adams (baixo e vocais) e Kris Knight (teclados e vocais) apesar das vestimentas, não aparentam mais do que seus vinte e poucos anos. Prova de que se encantaram com o pop sessentista muitos anos depois de quando o estilo estava no topo das paradas. Ou seja, nada mais novo e fresco para o quarteto que aquelas bandas e suas melodias maravilhosas. Sem mirar o mercado, se guiaram pela estética preferida que está toda revelada aqui, no seu álbum debut (começando pelo CD, que imita perfeitamente um disquinho de vinil).
Já em “Be With You”, o quarteto abre o arsenal de 'pa-pa-pas' e batidinhas sixties, tudo pontuado por metais espertos. “The Game” envolve com suas harmonias preciosas e ritmo dançante (quando o termo se referia a bailinhos de salão e não discotecas). “Sad Pinguin” mostra que apesar das ingênuas melodias, as letras podem ser irônicas, e, unidas, tirar sorrisos de satisfação dos ouvintes. Aliás fica clara a intenção primeira do álbum: transmitir uma sensação de bem-estar, elevar até o ponto de leveza que só tínhamos na infância, sem o peso das responsabilidades e com a pureza de coração. Os ganchos melódicos mais contundentes do ano seguem por aqui: “Kissing” “She’s Not Around”, “Sign” “Mr. Wilson”... A belíssima balada “My Winter Girl” que 'romanticamente' diz: “ela é minha garota inverno/ele faz meu coração um pouco mais frio”.
Às vezes não é válido fazer comparações entre bandas pouco conhecidas, mas impressiona a semelhança das melodias e harmonias do Handclap com a dos conterrâneos do Second Saturday – a diferença clara está na distorção mastodôntica do SS que não se repete no H&H. E o pop contagiante continua a infectar os ouvidos e dominar os sentidos: “You Know”, “Outta Sight”, “I Should Never”. Todo mundo junto em “Barter” e emocionado em “Goodnight” até o encerramento celestial com a Wilsoniana “Waitin’ You”.
É, se simples canções pop podem fazer seu dia melhor, porque não aproveitar e se esquecer dessa história de tempos modernos?
www.handclapsandharmonies.com
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