Não é comum ver bandas de garotas no power pop. Muito menos quando a banda se resume a duas componentes. E muito menos ainda quando o grupo tem duas minas que cantam e tocam todos os instrumentos. Formado na Califórnia pelas amigas de infância Hillary Burton e Lisa Mychols, o Nushu chega com bagagem ao álbum debut Nevermind Lullabye. Nos tempos de colégio, Lisa e Hillary já tinham estado juntas no grupo The Mozells. Depois cada uma seguiu seu rumo e Lisa transformou-se numa das mais conhecidas artistas femininas do power pop. Além de consistentes e elogiados discos solos, Lisa liderou o The Masticators e fez parte da formação do The Waking Hours (que empresta seu líder Tom Richards e o guitarrista Ricky Tubb para acompanhar as garotas nas apresentações ao vivo).
Apesar do disco de estréia do Nushu só ter chegado às prateleiras em 2007, “Spill” saiu nas coletâneas I.P.O. 10 e Sweet Relief; e “PopSound” esteve no I.P.O. 9. “Spill”, aliás abre o álbum em alta-voltagem, com energia punk, vocais gentis e melodias colantes, emendando nas envolventes “So Glad You Dig Me” e “Need To Be” – e o disco começa a não esconder as influências de Go Go’s, Bangle’s até da musa indie Tanya Donnelly e seu Belly. Desaceleram a urgência punk rock e embalam na angelical “Ageless” e suas harmonias descidas do paraíso. “She Said” atesta toda a experiência “power popper” na variação de acordes da dupla, que passa à mudanças de climas e passagens mais complexas e pesadas em “Fall Down”.
“Alexander Zabriel” transforma Hillary e Lisa nas Josie and The Pussycats endiabradas do power pop, até a bela “Reach For Me” colocar as auréolas de volta com sua melodia radiofônica e cativante. O baixo cheio de groove confere personalidade às moças em “Falkner’s In Love”, que não se fazem de rogadas e ainda capricham no refrão sem perder o traquejo pop - confirmado pelo título da próxima canção: “PopSound”, onde envenenam com distorção a singela pagada sixtie. Fecha o álbum a terna versão acústica de “Ageless”, chamada de “Lullabye Mix”.
A verdade é que bandas de garotas nunca estiveram nas galerias do power pop clássico, mas se o Nushu trouxer no rastro algumas seguidoras que seja, em breve teremos que rever nossos conceitos e abrir o panteão para grupos que vestem saias.
www.nushumusic.com
Apesar do disco de estréia do Nushu só ter chegado às prateleiras em 2007, “Spill” saiu nas coletâneas I.P.O. 10 e Sweet Relief; e “PopSound” esteve no I.P.O. 9. “Spill”, aliás abre o álbum em alta-voltagem, com energia punk, vocais gentis e melodias colantes, emendando nas envolventes “So Glad You Dig Me” e “Need To Be” – e o disco começa a não esconder as influências de Go Go’s, Bangle’s até da musa indie Tanya Donnelly e seu Belly. Desaceleram a urgência punk rock e embalam na angelical “Ageless” e suas harmonias descidas do paraíso. “She Said” atesta toda a experiência “power popper” na variação de acordes da dupla, que passa à mudanças de climas e passagens mais complexas e pesadas em “Fall Down”.
“Alexander Zabriel” transforma Hillary e Lisa nas Josie and The Pussycats endiabradas do power pop, até a bela “Reach For Me” colocar as auréolas de volta com sua melodia radiofônica e cativante. O baixo cheio de groove confere personalidade às moças em “Falkner’s In Love”, que não se fazem de rogadas e ainda capricham no refrão sem perder o traquejo pop - confirmado pelo título da próxima canção: “PopSound”, onde envenenam com distorção a singela pagada sixtie. Fecha o álbum a terna versão acústica de “Ageless”, chamada de “Lullabye Mix”.
A verdade é que bandas de garotas nunca estiveram nas galerias do power pop clássico, mas se o Nushu trouxer no rastro algumas seguidoras que seja, em breve teremos que rever nossos conceitos e abrir o panteão para grupos que vestem saias.
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