Hoje, quando David Brookings observa a inquietude curiosa de sua pequena filha, deve lembrar-se de si mesmo. Quando vinte anos atrás, ainda na cidade de Richmond, Virginia, explorava, tal qual um caçador de tesouros, a coleção de discos do pai. Aos nove anos não demorou para dar de cara com o disco que mudaria sua vida: Help!, dos Beatles. Era mais uma nova geração encantada pelo poder mágico da melodias instigantes dos fab four. Nesse mesmo ano, Brookings ganhou seu primeiro violão, e aí, não pararia de buscar inspiração nos mestres eternos do folk, pop e rock.
Na época, talvez, o jovem David não imaginasse que um dia pisaria o solo sagrado do Sun Studio – localizado em Memphis - onde gravaram lendas como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash. E, apenas ‘pisar’, seria pouco mesmo: o cantor-compositor americano hoje grava seus discos nos estúdios Sun. Onde é guia turístico, de terça a sábado e pode, ao final dos passeios, vender seus discos aos turistas. A vida não é fácil e Brookings faz, ainda, shows acústicos em bares, noivados e casamentos. Enquanto isso, eu me pergunto: em que mundo David Brookings seria um popstar, escalando paradas de sucesso nos quatro cantos deste planeta?
Porque se você ouve seu quinto álbum, Glass Half Full, percebe a presença do toque divino no senso melódico do artista. A riqueza harmônica que não quer pra si elogios, quer a capacidade de levar prazer aos sentidos. A voz doce e sincera, que pode contar a verdade de um jovem que ainda não chegou aos trinta, e que mostra disposição e alegria pela responsabilidade de prover uma família. E o otimismo transparente aparece no título Glass Half Full (“Copo Meio Cheio”), disco, onde, no fim das contas, não importa qual é a sua ou a minha verdade, importa o bem que as ondas sonoras emitidas farão à alma de cada um.
E Brookings já abre o disco atacando o regulador de serotonina do seu cérebro, com o power pop perfeito da contagiante, adesiva e singela “Don’t Wake Me Up”. A melodia envolvente de “This Time It’s For Real” vem escoltada por violões e órgãos e “Love Goes Down The Drain” oferece levada voluntariosa e refrão memorável. “Hazel” capricha na trama melódica altamente ganchuda e, as guitarras de “We Never Ever Spoke Again”, mesclam música tradicional americana com pegada de pop moderno, desaguando num refrão sensacional.
A bela faixa título é acústica e instrumental e nos leva até a balada “Flashlight Love”, com sua inspiradora e divina melodia. O contagioso pop com cores country “Still Not Crazy Yet”, antecede à energética e afiada “Love And Death In Richmond”. Enquanto harmonizações vocais angelicais elevam a reflexiva “Getting Older”, encerrando Glass Half Full. Agora, o sorriso de Brookings, aberto na capa do disco, se transfere pra nós. E o pequeno fã de Beatles, da Richmond de 20 anos atrás, se pudesse vislumbrar o futuro, estaria sorrindo também. Pode apostar.
www.davidbrookings.net
www.myspace.com/davidbrookings
Na época, talvez, o jovem David não imaginasse que um dia pisaria o solo sagrado do Sun Studio – localizado em Memphis - onde gravaram lendas como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash. E, apenas ‘pisar’, seria pouco mesmo: o cantor-compositor americano hoje grava seus discos nos estúdios Sun. Onde é guia turístico, de terça a sábado e pode, ao final dos passeios, vender seus discos aos turistas. A vida não é fácil e Brookings faz, ainda, shows acústicos em bares, noivados e casamentos. Enquanto isso, eu me pergunto: em que mundo David Brookings seria um popstar, escalando paradas de sucesso nos quatro cantos deste planeta?
Porque se você ouve seu quinto álbum, Glass Half Full, percebe a presença do toque divino no senso melódico do artista. A riqueza harmônica que não quer pra si elogios, quer a capacidade de levar prazer aos sentidos. A voz doce e sincera, que pode contar a verdade de um jovem que ainda não chegou aos trinta, e que mostra disposição e alegria pela responsabilidade de prover uma família. E o otimismo transparente aparece no título Glass Half Full (“Copo Meio Cheio”), disco, onde, no fim das contas, não importa qual é a sua ou a minha verdade, importa o bem que as ondas sonoras emitidas farão à alma de cada um.
E Brookings já abre o disco atacando o regulador de serotonina do seu cérebro, com o power pop perfeito da contagiante, adesiva e singela “Don’t Wake Me Up”. A melodia envolvente de “This Time It’s For Real” vem escoltada por violões e órgãos e “Love Goes Down The Drain” oferece levada voluntariosa e refrão memorável. “Hazel” capricha na trama melódica altamente ganchuda e, as guitarras de “We Never Ever Spoke Again”, mesclam música tradicional americana com pegada de pop moderno, desaguando num refrão sensacional.
A bela faixa título é acústica e instrumental e nos leva até a balada “Flashlight Love”, com sua inspiradora e divina melodia. O contagioso pop com cores country “Still Not Crazy Yet”, antecede à energética e afiada “Love And Death In Richmond”. Enquanto harmonizações vocais angelicais elevam a reflexiva “Getting Older”, encerrando Glass Half Full. Agora, o sorriso de Brookings, aberto na capa do disco, se transfere pra nós. E o pequeno fã de Beatles, da Richmond de 20 anos atrás, se pudesse vislumbrar o futuro, estaria sorrindo também. Pode apostar.
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