Interferir no seu meio-ambiente é uma vocação inata do ser humano. Que vem se especializando em alterar o que está a sua volta para sua conveniência e bem-estar. E em tempos de “mudanças climáticas”, “aquecimento global” e “desenvolvimento sustentável” eis que noruegueses sugerem uma alteração de clima utilizando apenas ondas sonoras. Não estamos falando de cientistas vencedores do prêmio Nobel, mas de artesãos da canção pop perfeita.
Egil Braekken e Anders Vinnogg querem repetir a experiência de trazer mais sol, luz e calor para gélida terra dos fiordes. Ecos herdados do jingle-jangle californiano brilhando sob o céu da Noruega e aquecendo as paisagens nevadas. Harmonias vocais angelicais sopradas desde a costa oeste americana amenizando o vento frio e cortante da Escandinávia. E o beat sessentista colorindo e descongelando o ânimo invernal.
Pillowsky levou seis longos anos para suceder Summerman na discografia do American Suitcase. Mas deixa a volta dos noruegueses de Oslo luminosa como uma manhã de verão. As influências maiores se repetem, indo de Teenage Fanclub a Byrds, e a independência em nenhum momento limita a qualidade de produção do álbum. O quarto disco do grupo vem recheado de sonoridades límpidas, abençoadas pelas mágicas Rickenbakers e pela maestria de Braekken e Vinnogg.
“Franny” viaja além da atmosfera com sua força psicodélica logo na abertura de Pillowsky. O dedilhado jangle já encanta no início de “Christmas Blues #2” e ganha acento americano com uma pedal steel guitar pontuando. “Miles Apart” e “Pink Shirt” trazem vigor e doçura melódica em doses iguais, enquanto os vocais harmônicos só realçam a beleza desconcertante de “You”. A empolgante “Star(s)” é um power pop perfeito; “Miss Mann” emociona nas harmonizações vocais; e “Harry Dunne” contagia na batida de Alexander Lindback e no seu belo refrão.
Climas de raiz e emocionais se fundem sob o manto de um órgão, até encontrarem os ‘papapas’ de sotaque bossa nova em “Seen It Before”. A adorável “Green Grass” capricha nos dedilhados de Rickenbacker e na melodia adesiva. A canção título traz Birgitte Solberg para um dueto vocal com Egil, e se revela um indie pop radiofônico. E a beleza de “Close” ganha contornos épicos na potência das guitarras que fecham “Pillowcloud”.
A Noruega está mais brilhante, aquecida e receptiva. Nossos corações também.
http://www.americansuitcase.com/
www.myspace.com/americansuitcase
Egil Braekken e Anders Vinnogg querem repetir a experiência de trazer mais sol, luz e calor para gélida terra dos fiordes. Ecos herdados do jingle-jangle californiano brilhando sob o céu da Noruega e aquecendo as paisagens nevadas. Harmonias vocais angelicais sopradas desde a costa oeste americana amenizando o vento frio e cortante da Escandinávia. E o beat sessentista colorindo e descongelando o ânimo invernal.
Pillowsky levou seis longos anos para suceder Summerman na discografia do American Suitcase. Mas deixa a volta dos noruegueses de Oslo luminosa como uma manhã de verão. As influências maiores se repetem, indo de Teenage Fanclub a Byrds, e a independência em nenhum momento limita a qualidade de produção do álbum. O quarto disco do grupo vem recheado de sonoridades límpidas, abençoadas pelas mágicas Rickenbakers e pela maestria de Braekken e Vinnogg.
“Franny” viaja além da atmosfera com sua força psicodélica logo na abertura de Pillowsky. O dedilhado jangle já encanta no início de “Christmas Blues #2” e ganha acento americano com uma pedal steel guitar pontuando. “Miles Apart” e “Pink Shirt” trazem vigor e doçura melódica em doses iguais, enquanto os vocais harmônicos só realçam a beleza desconcertante de “You”. A empolgante “Star(s)” é um power pop perfeito; “Miss Mann” emociona nas harmonizações vocais; e “Harry Dunne” contagia na batida de Alexander Lindback e no seu belo refrão.
Climas de raiz e emocionais se fundem sob o manto de um órgão, até encontrarem os ‘papapas’ de sotaque bossa nova em “Seen It Before”. A adorável “Green Grass” capricha nos dedilhados de Rickenbacker e na melodia adesiva. A canção título traz Birgitte Solberg para um dueto vocal com Egil, e se revela um indie pop radiofônico. E a beleza de “Close” ganha contornos épicos na potência das guitarras que fecham “Pillowcloud”.
A Noruega está mais brilhante, aquecida e receptiva. Nossos corações também.
http://www.americansuitcase.com/
www.myspace.com/americansuitcase
2 comentários:
SENSACIONAL.
Sem dúvida um dos melhores discos de 2009.
Gostei do cd, mas o de nome Bluefoot, de 2000, é melhor! Parabéns pelo blog... muitas resenhas bacanas!!
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