Até poucos anos atrás, o termo ‘power pop alemão’ soaria deveras estranho. Conscientes da falta de sonoridade amigável dos fonemas germânicos, os amantes locais das boas melodias e harmonizações perfeitas, passaram a compor suas peças pop em inglês. É provável que a Alemanha seja hoje o país com o maior crescimento na produção de novas bandas power pop da Europa. The Sea Level, Seaside Stars, Monster Bronsons, The Cheeks, Beat Hotel, Kai Reiner juntam-se ao Monkeeman – representado na figura de Ralf Lubke – para formar a locomotiva alemã que vem atropelando tradicionais países europeus produtores de bandas power pop.
Junto com Hans Foster - que lidera as três primeiras bandas citadas acima – Lubke se destaca no cenário de compositores alemães do pop poderoso. Ambos músicos vêm de Berlin, o que a primeira vista também poderia soar estranho pela aparente falta de compatibilidade entre as imagens mentais criadas pelo estilo e pela cidade. Mas já sabemos que contraposições fazer parte do power pop. O que ficou claro no magistral álbum de 2007 do Monkeeman, Jumping On The Monkey Train, recheado de pérolas pop de primeira grandeza.
Life In The Backseat traz um Lubke mais inconformado, menos romântico. Mais rascante e menos sensível. Revela a frustração de viver num mundo onde o dinheiro é o que move as pessoas. A produção segue claramente mais rock e agressiva, e se no álbum anterior as influências sessentistas se sobressaíam, agora Lubke se voltou para o mod – The Jam – e alguma coisa do punk de protesto – The Clash – ou mesmo canções de um cunho mais político – Billy Bragg. Mesmo nesse novo cenário as boas melodias pop aparecem e a herança beatle permanece.
“In It For The Money” chega com sons distorcidos e sujos, mas desarma o espírito no refrão pegajoso. Algo de Supergrass paira por aqui. “Lonely Guy” segue a mesma lógica, protesta no início, mas gosta de uma boa melodia pop no refrão. Talvez não seja uma boa idéia misturar pop music com ideologias políticas, mas tratando-se de alguém que viveu em um regime e agora em outro oposto, pode ser interessante ouvir o que ele tem a dizer em “Socialism”. E o refrão é matador.
“Backstreet” vem na batida mod, remetendo ao velho Jam e com chorus retomando a adesividade dos Beatles. A renomada capacidade de Lubke em produzir fantásticas canções power pop está intacta: “I Know a Girl”. Um clima oitentista, com teclados à la new wave, baseiam a sonoridade de “Hole In The Snow”. Já a bela e emocional balada “City Lights”, encerra o álbum com um quê de antigo Oasis.
Life In The Back Seat mostra um Monkeeman diferente, ácido nos comentários, furioso nas guitarras; ao mesmo tempo em que traz o Ralf Lubke de sempre, talentoso artesão da canção pop.
www.monkeeman.de
www.myspace.com/monkeemanmusic
Junto com Hans Foster - que lidera as três primeiras bandas citadas acima – Lubke se destaca no cenário de compositores alemães do pop poderoso. Ambos músicos vêm de Berlin, o que a primeira vista também poderia soar estranho pela aparente falta de compatibilidade entre as imagens mentais criadas pelo estilo e pela cidade. Mas já sabemos que contraposições fazer parte do power pop. O que ficou claro no magistral álbum de 2007 do Monkeeman, Jumping On The Monkey Train, recheado de pérolas pop de primeira grandeza.
Life In The Backseat traz um Lubke mais inconformado, menos romântico. Mais rascante e menos sensível. Revela a frustração de viver num mundo onde o dinheiro é o que move as pessoas. A produção segue claramente mais rock e agressiva, e se no álbum anterior as influências sessentistas se sobressaíam, agora Lubke se voltou para o mod – The Jam – e alguma coisa do punk de protesto – The Clash – ou mesmo canções de um cunho mais político – Billy Bragg. Mesmo nesse novo cenário as boas melodias pop aparecem e a herança beatle permanece.
“In It For The Money” chega com sons distorcidos e sujos, mas desarma o espírito no refrão pegajoso. Algo de Supergrass paira por aqui. “Lonely Guy” segue a mesma lógica, protesta no início, mas gosta de uma boa melodia pop no refrão. Talvez não seja uma boa idéia misturar pop music com ideologias políticas, mas tratando-se de alguém que viveu em um regime e agora em outro oposto, pode ser interessante ouvir o que ele tem a dizer em “Socialism”. E o refrão é matador.
“Backstreet” vem na batida mod, remetendo ao velho Jam e com chorus retomando a adesividade dos Beatles. A renomada capacidade de Lubke em produzir fantásticas canções power pop está intacta: “I Know a Girl”. Um clima oitentista, com teclados à la new wave, baseiam a sonoridade de “Hole In The Snow”. Já a bela e emocional balada “City Lights”, encerra o álbum com um quê de antigo Oasis.
Life In The Back Seat mostra um Monkeeman diferente, ácido nos comentários, furioso nas guitarras; ao mesmo tempo em que traz o Ralf Lubke de sempre, talentoso artesão da canção pop.
www.monkeeman.de
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