Pouco mais de um ano atrás, quando publiquei a resenha de Nonetheless Blues, eu dizia que era um álbum perfeito para o vinil. Mas tinha a cópia em CD nas mãos. Ironicamente a primeira edição de That Evil Drone, sexto álbum da banda, foi lançada em uma remessa única de 300 vinis. E é um desses que hoje me inspira nestas linhas, o velho bolachão preto, cujos detalhes e entrelinhas da capa podem ser vistos... a olho nu!
O Resonars se resume hoje ao seu líder e mentor Matt Rendon, que de dentro de seu estúdio Coma Cave, em Tucson Arizona, transformou That Evil Drone em um clássico dos anos... sessenta!? Gravadores analógicos e instrumentos vintage impregnam a atmosfera do álbum de sonoridade sixties. E, se o disco não marca seu ano de lançamento em parte alguma, enganaria fácil até alguns ouvidos mais experimentados. Passaria por tesouro perdido e desenterrado do solo sagrado de onde brotaram as legendas Beatles, Hollies ou Who.
Quando a agulha toca os sulcos da primeira faixa do lado A “World Apart”, a viagem tem início e nos arremessa, sem escalas, quarenta anos atrás. Som garageiro, vocais dobrados, bateria nervosa e refrão pop. Uma colisão, com sobreviventes, entre Hollies e Who. Enquanto a energética “No Black Clouds Float By”, e sua melodia cheia de urgência juvenil, deve frequentar top tens atemporais em algum universo paralelo.
Impressiona como Rendon consegue, sozinho, recriar todo o ambiente sixtie, fazer com que a produção, os timbres, as afinações soem genuinamente daquela época sem efetivamente serem. Que o diga o merseybeat de “No Horizon”. Virando o disco, abre o lado B os teclados e palminhas da contagiante “Sister Sally”, seguida de perto a fúria de garagem “Black Breath”. Já “Bird Using Bird” se encontra com o rock cinquentista pré-Beatles, como os próprios fizeram em início de careira. A bela instrumental acústica “Yes Grosvenor” antecede a crueza de “Riding Backwards”, que encerra o vinil.
Em breve That Evil Drone ganhará versão em CD, o que só servirá para evidenciar o quão colossal e emblemático é o meu LP.
www.myspace/theresonars
O Resonars se resume hoje ao seu líder e mentor Matt Rendon, que de dentro de seu estúdio Coma Cave, em Tucson Arizona, transformou That Evil Drone em um clássico dos anos... sessenta!? Gravadores analógicos e instrumentos vintage impregnam a atmosfera do álbum de sonoridade sixties. E, se o disco não marca seu ano de lançamento em parte alguma, enganaria fácil até alguns ouvidos mais experimentados. Passaria por tesouro perdido e desenterrado do solo sagrado de onde brotaram as legendas Beatles, Hollies ou Who.
Quando a agulha toca os sulcos da primeira faixa do lado A “World Apart”, a viagem tem início e nos arremessa, sem escalas, quarenta anos atrás. Som garageiro, vocais dobrados, bateria nervosa e refrão pop. Uma colisão, com sobreviventes, entre Hollies e Who. Enquanto a energética “No Black Clouds Float By”, e sua melodia cheia de urgência juvenil, deve frequentar top tens atemporais em algum universo paralelo.
Impressiona como Rendon consegue, sozinho, recriar todo o ambiente sixtie, fazer com que a produção, os timbres, as afinações soem genuinamente daquela época sem efetivamente serem. Que o diga o merseybeat de “No Horizon”. Virando o disco, abre o lado B os teclados e palminhas da contagiante “Sister Sally”, seguida de perto a fúria de garagem “Black Breath”. Já “Bird Using Bird” se encontra com o rock cinquentista pré-Beatles, como os próprios fizeram em início de careira. A bela instrumental acústica “Yes Grosvenor” antecede a crueza de “Riding Backwards”, que encerra o vinil.
Em breve That Evil Drone ganhará versão em CD, o que só servirá para evidenciar o quão colossal e emblemático é o meu LP.
www.myspace/theresonars
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