
Mas On A Happy Note… como o nome indica, está aqui para celebrar o resultado da união e esforço de quatro amigos; celebrar a música que oferece nada mais que boas-sensações; celebrar o talento de um jovem artista, registrado aqui para a eternidade; ser e ficar como um momento feliz de uma banda que deu ao mundo magníficas gemas pop.
Obviamente, é inegável a atmosfera emocional que envolve o ouvinte ao imaginar que aquela voz que amaina frustrações e alegra nossas almas, com melodias de beleza tão reconfortantes, já não está entre nós...
On A Happy Note... é o terceiro álbum do quarteto de Chicago, e, sem dúvida, sua obra-mestra. “Hope It Doesn’t Come My Way” (que já figurava no IPO Eleven) abre o disco com sua batida up, clima sessentista e confirma a capacidade do Leave em forjar peças auto-adesivas em série. Segue a doce “Take The Easy Way Out”, com seu delicado riff, harmonias vocais paradisíacas até encontrar a beleza triste da emocionante “Lovely Mess”. Aqui a garageira-sessentista “Again It’s Too Soon” altera radicalmente a polaridade injetando energia primária nas veias do álbum.
A macia “Every Now And Then” impressiona no trabalho harmônico dos vocais, montado sobre três tons diferentes de voz. A beleza da balada à la John Lennon/Beatles, “Big On Yourself”, comprova o grande artesão pop que era Mike Murphy. “I’ll Get Mine” empolga com seu riff memorável e a acústica “Down The Line” relembra clássicos do folk setentista, até hoje com alta rotação em rádios flashback.
“Your Eyes” envolve e domina os sentidos na melodia adorável, assim como a belíssima e emotiva “On A Happy Note...”. Encerra o álbum, como faixa bônus, a regravação do mega-super-ultra hit do álbum de estréia, o power pop perfeito, “Any Other Way”. Prova de que a única coisa que os remanescentes do Leave querem é que, o grupo e Mike Murphy, sejam para sempre lembrados pelas suas incríveis e inspiradas canções pop.
www.myspace.com/leavechicago
Um comentário:
"Obviamente, é inegável a atmosfera emocional que envolve o ouvinte ao imaginar que aquela voz que amaina frustrações e alegra nossas almas, com melodias de beleza tão reconfortantes, já não está entre nós..."
Disse tudo...ainda não sei como morreu Mike Murphy, mas mortes de talentos que ainda muito tinham a oferecer (como Elliott Smith, Pete Ham, Jeff Buckley) sempre me chocam.
Sobre o disco...bem, eu sempre evito usar a palavra obra-prima, para não banalizá-la...então defino "On a Happy Note..." como um fantástico disco, e o Leave não poderia encontrar um canto do cisne melhor...
Postar um comentário