O fim do poderio onipotente das grandes gravadoras e a onipresença da Internet no nosso dia-a-dia, nos deu a oportunidade de ter, ao alcance das mãos, algumas ferramentas que são verdadeiras “rastreadoras de talentos mundiais”. Há 10 ou 15 anos, pouco se podia alcançar fora daquilo que era disponibilizado pelas gravadoras ao grande público. E hoje, ao contrário do que muitos dizem, nunca o cenário foi tão rico em artistas excepcionais. A diferença é que agora podemos encontrá-los com um simples clique, aonde quer que eles estejam.
E é aí que Adrian Bourgeois vem para reforçar a afirmação. Aos vinte anos de idade, acaba de lançar seu álbum debute, revelando-se um músico prodígio na sua capacidade em produzir pérolas pop. Também impressiona a sensibilidade do artista de São Francisco, em captar melodias e encaixá-las perfeitamente nas peças sonoras. Bourgeois – filho do também músico Brent Bourgeois – toca guitarra, piano e bateria desde o quatro anos. Provavelmente cresceu tendo os ouvidos embebidos na arte de mestres como Paul McCartney, Brian Wilson e Todd Rundgren. O que deve ter servido para direcionar seu imenso dom natural. Escoltado por uma verdadeira orquestra de amigos em seu disco de estréia, Bourgeois toca os instrumentos que conhece desde a tenra idade, além de cantar e assinar todas as composições. Que soam maduras e consistentes para alguém que mal curou as espinhas – e espinhos - da adolescência.
“Mr. Imaginary Frind” abre o disco disposta a impressionar: melodia contagiante, harmonizações vocais preenchendo espaços e carisma de alto calibre pop. A macia “Clown Review” mescla Elliott Smith com arranjos orquestrais à la Brian Wilson. “Juniper” é uma das mais belas canções do ano, com a voz doce de Adrian comandando notas de piano na melodia perfeita de linhagem Paul McCartney. Já “Dream On” poderia fazer par, nos hit parades, com “Wonderwall” do Oasis.
Refrão perfeito é com Adrian Bourgeois: o de “Silk From Ashes” segue fluído pela corrente sanguínea e fica armazenado no cérebro por dias. A climática e densa “Summertime” nem de longe sugere a juventude de Bourgeois. “My House” é radiofônica o suficiente para qualquer FM do planeta, ou seriado de TV ou longa-metragem de cinema. E o refrão? Nem com solvente sai da memória. Batida de piano ditando o ritmo, metais em profusão, um quê de pop orquestral, e outro de sunshine pop setentista, na empolgante “Melt In My Mind”. A bonus track escondida ilumina na voz,violão e gaita de Adrian Bourgeois – o garoto que está a um clique de você e a dois passos do paraíso pop.
www.adrianbourgeois.com
www.myspace.com/adrianbourgeois
E é aí que Adrian Bourgeois vem para reforçar a afirmação. Aos vinte anos de idade, acaba de lançar seu álbum debute, revelando-se um músico prodígio na sua capacidade em produzir pérolas pop. Também impressiona a sensibilidade do artista de São Francisco, em captar melodias e encaixá-las perfeitamente nas peças sonoras. Bourgeois – filho do também músico Brent Bourgeois – toca guitarra, piano e bateria desde o quatro anos. Provavelmente cresceu tendo os ouvidos embebidos na arte de mestres como Paul McCartney, Brian Wilson e Todd Rundgren. O que deve ter servido para direcionar seu imenso dom natural. Escoltado por uma verdadeira orquestra de amigos em seu disco de estréia, Bourgeois toca os instrumentos que conhece desde a tenra idade, além de cantar e assinar todas as composições. Que soam maduras e consistentes para alguém que mal curou as espinhas – e espinhos - da adolescência.
“Mr. Imaginary Frind” abre o disco disposta a impressionar: melodia contagiante, harmonizações vocais preenchendo espaços e carisma de alto calibre pop. A macia “Clown Review” mescla Elliott Smith com arranjos orquestrais à la Brian Wilson. “Juniper” é uma das mais belas canções do ano, com a voz doce de Adrian comandando notas de piano na melodia perfeita de linhagem Paul McCartney. Já “Dream On” poderia fazer par, nos hit parades, com “Wonderwall” do Oasis.
Refrão perfeito é com Adrian Bourgeois: o de “Silk From Ashes” segue fluído pela corrente sanguínea e fica armazenado no cérebro por dias. A climática e densa “Summertime” nem de longe sugere a juventude de Bourgeois. “My House” é radiofônica o suficiente para qualquer FM do planeta, ou seriado de TV ou longa-metragem de cinema. E o refrão? Nem com solvente sai da memória. Batida de piano ditando o ritmo, metais em profusão, um quê de pop orquestral, e outro de sunshine pop setentista, na empolgante “Melt In My Mind”. A bonus track escondida ilumina na voz,violão e gaita de Adrian Bourgeois – o garoto que está a um clique de você e a dois passos do paraíso pop.
www.adrianbourgeois.com
www.myspace.com/adrianbourgeois
3 comentários:
Bem, sobre o disco vc já disse tudo...o rapaz toca e canta muito bem, mas o seu diferencial são as composições. Sensibilidade pop indiscutível (e que bom, com 20 anos ele está apenas começando).
Queria também comentar o que vc disse no início do texto. De fato, não falta quem, com aquele ar blasé, diga que "não há nada de interessante acontecendo na música hoje". É incrível, mas eu penso o contrário, que o cenário é riquíssimo, não há uma semana em que eu não descubra algo novo de nível (como esse disco do Adrian, só pra citar um exemplo).
E de fato, há 10, 12 anos atrás, provavelmente eu jamais teria ouvido falar nele. Há quem diga que essa facilidade que artistas hoje em dia têm de divulgar seu trabalho, nos faça a entrar em contato com muito lixo...mas esse é um preço a se pagar, e estou convicto que é um preço pequeno, vale a pena pagar, se isso nos possibilitar conhecer tantos artistas talentosos.
Pois é... é questão de PESQUISAR, CORRER ATRÁS. A impressão é que os críticos musicais "mainstream" ficam esperando os deptos. de marketing da gravadoras enviarem as cópias promocioanais de seus artistas pra poder indicar alguma coisa. Tanto é verdade, que é só vc checar as listas de 'melhores do ano' dessas publicações: quase todos os discos batem, são os mesmos.
É da quantidade que se extrai qualidade. E, se é vc que seleciona isso, o lixo vai pro... lixo! O que acontece é que as pessoas são preguiçosas e deixam que 'os outros' escolham o que vai ouvir. É que nem voto: vc pode escolher, mas somente dentre os candidatos que te foram ofertados.
Acaba que o papel do Power Pop Station é esse: passar a peneira e colocar aqui o que eu acho melhor. E te digo: dá trabalho!!! Mas vale a pena vc ver pessoas descobrindo sons que nunca descobririam... ou mesmo escutar o que disse o Adrian Bourgeois qdo viu essa resenha: "foi o máximo ver algo escrito sobre meu trabalho em outra língua. Quase surreal!".
Essa queda de barreiras é extraordinária mesmo, é fantástico assistir e participar dessa verdadeira revolução. E vc disse tudo: PESQUISAR, CORRER ATRÁS. Talvez mais grave do que os críticos musicais, seja a postura dos fãs...parece que é mais confortável estar atualizado com as novidades da NME, ou do Pitchfork, ao invés de correr atrás do que realmente gosta, do que realmente provoca uma identificação (musical ou qualquer outra). Não eu não ouça coisas sugeridas por esses veículos...ouço, e ouço várias, mas eu acho o público brasileiro de rock muito conservador. Eu uso o exemplo sempre porque é o mais emblemático: é realmente necessário CONTAR AS HORAS para a chegada do novo do Oasis?? Tenho um amigo que, quando perguntei o que tinha agradado a ele em 2007, ele veio e me disse:"nada, a não ser o solo do David Gilmour (!!!)". Incrível, e eu ouvi, só nos últimos meses, artistas e bandas excelentes, que gravaram ótimos discos em 2007...
E teu blog cumpre muito bem essa função, de mostrar às pessoas o que elas nunca teriam chance de conhecer. E seria interessante, quando (e se) vc voltar a conversar com o Adrian, dizer a ele que não apenas o trabalho dele foi resenhado em outra língua, mas que há admiradores do trabalho dele, bem longe de São Francisco...pode me citar como exemplo:)
Abraços !
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